terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Revista História Hoje

Colegas

é com alegria que informo que acabou de ser publicado o número número da Revista História Hoje. É o volume 4, n.8, dez.2015. Esse número traz o Dossiê Ensino de História e Linguagem: discurso, narrativa e práticas de significação do tempo, organizado pelas professoras Maria Lima (UFMS) e Patrícia Bastos de Azevedo (UFRRJ).



Peço, por favor que divulguem entre seus contatos!

Abraços 

Profa. Dra. Cristiani Bereta da Silva

Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC
Florianópolis - SC

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Seminário Internacional Mundos do Trabalho

IV Seminário: Chamada de apresentações | IV International Conference: Call for papers

IV Seminário Internacional Mundos do Trabalho VIII | Jornada Nacional de História do Trabalho
22 a 25 de novembro de 2016 • Manaus • Amazonas • Brasil
Universidade Federal do Amazonas – UFAM
Datas importantes
Envio de propostas: 07/03/2016 – 06/05/2016 
Prazo final para respostas e envio de cartas de aceite: 06/06/2016 
Prazo final para o pagamento da inscrição: 08/07/2016 
Inscrições pelo site: gtmundosdotrabalho.org

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Resumo da Reunião MEC e ANPUH sobre BNCC

As discussões em torno da Base Nacional Comum Curricular, especialmente sobre a parte do documento que trata da História como disciplina da Educação Básica, continuam a suscitar polêmicas e posicionamentos. A ANPUH está atenta às discussões e mais que isso vem buscando participar ativamente deste processo de forma qualificada e institucional. Assim, em dezembro de 2015 solicitamos uma audiência com o secretário de Educação Básica, Sr. Manoel Palacios da Cunha e Melo, com representantes de nossa entidade, para apresentar as seguintes reivindicações: a alteração do calendário com a ampliação do prazo para discussão do documento e da agenda de debates com o credenciamento formal das entidades para participação neste processo; e a reformulação da equipe de História com a ampliação do grupo de especialistas visando incluir as diferentes subáreas da História.

Em 06 de janeiro a ANPUH foi atendida e chamada à Brasília para uma reunião com o secretário da Educação Básica e membros da equipe de elaboração do documento curricular nacional. Estiveram presentes a esta reunião, além do sr. Secretário Manoel Palácios, a prof.ª Hilda Micarello (UFJF) coordenadora geral do documento; Cláudia Ricci (UFMG) coordenadora da área de História; Mauro Coelho (UFPA) assessor da área de História; e os representantes da ANPUH: prof.ª Maria Helena Capelato presidente da entidade; Lucilia Neves vice-presidente; Cristiane Bereta editora da Revista História Hoje e Paulo Mello segundo secretário.

Após as apresentações a reunião foi aberta com uma fala do secretário Manoel Palácios. Ele enfatizou o cronograma de elaboração explicando que em março começa uma nova fase de elaboração da BNCC. Segundo ele já passamos do debate sobre a necessidade de uma referência nacional curricular, para a formação de uma convicção acerca da necessidade de cumprimento dos dispositivos legais. Com isso sua expectativa é de que extraímos os debates da esfera genérica para uma discussão focada nas áreas do conhecimento e sobre a cultura profissional na construção curricular localizando o debate nas áreas de saber e nos objetivos de aprendizagem. O movimento de construção curricular nacional é visto como parte de um processo de profissionalização da EB, formação de professores, o que se desdobrará em referencias curriculares para a formação de professores. Segundo ele, até aqui o debate nacional revelou lacunas do documento e gerou expectativas de aprimoramento. Considera que houve certa agressividade da crítica, mas achou positivo que o lugar do debate tenha sido preservado: a discussão das matrizes do pensamento nacional, o ensino colocado em pauta. Indicou ainda como se desenvolverá o processo de leitura crítica e os passos seguintes: envio do documento ao CNE e CONSED/UNDIME (Pacto Interfederativo) para construção do consenso. Processo de consulta: 9 milhões de proposições/contribuições. 20 mil objetivos novos. 3 canais: aberto; organizações; redes e escolas. Pesos diferentes. Leitores críticos: especialistas de renome (pareceres individuais). Final de janeiro 24 a 29: revisão.

Em seguida a prof. ª Maria Helena Capelato explicou qual papel a ANPUH tem procurado desempenhar nesse processo destacando a intenção da entidade de adotar uma postura construtiva para o debate. Destacou como ponto de partida que a entidade é favorável a construção de uma base nacional curricular. E lembrou o dever de colaborar: ajudar no aprimoramento da proposta – destacando pontos positivos importantes e inovadores, tais como a presença de elementos da história nacional deixados de lado como os excluídos; mas também realizando um balanço das críticas apresentadas pelo campo da História. Enfatizou que a entidade está organizando um processo visando uma leitura cuidadosa da proposta, não apenas da diretoria, mas coordenando uma discussão mais ampla, através da promoção de discussões em todas suas regionais. Assim, em 29/02 e 01/03 haverá o ponto de culminância dessas discussões com uma grande reunião das regionais e diretoria para a produção de um documento que colabore criticamente com o documento preliminar apresentado pelo MEC. Diante disso, entra em questão a extensão do prazo; e a possibilidade de integrar elementos para a composição da equipe de formulação do documento final, contemplando a área de ensino e metodologia e teoria da História. A prof. ª Capelato avaliou ainda o contexto em que se desenvolve o debate curricular sublinhando o contexto que influenciou a recepção do texto, ressaltando que muitas críticas esbarram numa atitude demolidora perpassada por oportunismo político e ideológico.

Em seguida o debate foi aberto com a participação dos presentes. A questão da equipe de História foi ressaltada lembrando-se tratar de equipe qualificada e representativa, mas que poderia ser ampliada para inclusão de outras subáreas do conhecimento histórico. Discutiu-se o cenário das críticas e o processo de exacerbação das tensões políticas e ideológicas. Debateu-se o processo de construção do documento que a ANPUH considera aberto, mas acelerado – ressaltando o papel da entidade na mediação e contribuição qualificada. A entidade ressaltou o caráter polêmico, interfacetado da área de História, caracterizado por dificuldades nos consensos metodológicos e teóricos. Ao mesmo tempo lembrou que a entidade tem recebido vários pedidos de posicionamento e por isso a busca de um prazo dilatado para a construção do consenso possível.

O MEC explicou a impossibilidade de alteração dos prazos, em função de questões legais e intrínsecas ao processo do diálogo interfederativo. Segundo seus representantes em março ou abril deve vir a segunda versão do documento, que será apreciado em Seminários Estaduais. Por fim foi apresentada uma proposta de cronograma com formas de colaboração da ANPUH no processo de debate curricular. Ainda em janeiro haveria a Imersão sobre pareceres e relatórios da consulta pública. Em fevereiro a ANPUH seria convidada a integrar ao grupo de análise mais 4 especialistas da área. Em março o MEC receberia o documento do seminário nacional da ANPUH a ser realizado em fins de fevereiro. Além disso a entidade indicaria novos leitores críticos do documento nacional.

Por fim, nossa entidade reivindicou sua participação formal no processo de desdobramento do currículo da Educação Básica nos âmbitos da formação do professor de História, dos exames nacionais e nas políticas de Materiais Didáticos.

Dessa forma, consideramos que a entidade se credencia formalmente para o debate curricular. Sua participação crítica e colaborativa se dará em processo transparente e aberto à participação de seus associados, possibilitando o debate franco e a busca de convergências possíveis. Nesse intuito as regionais da entidade já estão se mobilizando para os debates locais. Em breve anunciaremos como ocorrerá o Seminário Nacional sobre a BNCC. Contamos com a participação de todos.